Segundo um estudo realizado pela Universidade de Glasgow e a Sociedade Escocesa de Prevenção de Crueldade Animal (Scottish SPCA), cachorros de centros de abrigo expostos a faixas de pop, soft rock, reggae e clássica, viram mais mudanças comportamentais positivas quando ouviam o ritmo jamaicano. Os cientistas observaram, ao medir o batimento cardíaco dos nossos amigos peludos, que o reggae impactou diretamente na diminuição do estresse do animal.

A doutora e professora da Universidade Federal de Santa Catarina Marcy Lancia Pereira ressalta que: “A interpretação humana da música vem muito da questão cultural, para os cães essa interferência cultural não existe: eles ouvem e assimilam a música de uma maneira muito mais genuína, baseada nas faixas vibratórias.”

A audição canina, segundo a especialista, é muito mais aguçada que a nossa, o que os faz compreender sons mais agudos e em frequências muito mais altas. A música pode impactar no comportamento e até ajudar na saúde física e mental do cachorro.

A musicoterapia, por exemplo, é uma área da terapia integrativa que utiliza a atuação das frequências sonoras no campo energético. “Em cada frequência que se usa, se tem os solfeggios, tons de som que remetem a várias curas. Os solfeggios da música podem auxiliar na tranquilidade das ondas cerebrais, dependendo dos padrões de suas frequências vibratórias”, explica Marcy.

A análise feita pela Universidade de Glasgow, utiliza desses princípios da musicoterapia ao apontar que o reggae resgata a tranquilidade para os cães de abrigo, que provavelmente passaram por situações de abandono e veem na calma do ritmo um bem-estar. O reggae, afinal, usa um tom menor e tem acordes que progridem linearmente, o que incentiva instintivamente o cachorro a ficar parado.

No entanto, o estudo deixa claro que, assim como os humanos, nossos amigos caninos podem ter suas próprias preferências musicais individuais.

Pesquisa e texto: Gui Turik

Fonte:
www.radiorock.com.br
www.msn.com
www.revistacasaejardim.globo.com

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